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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

USANATOMY - STEVEN KLEIN: O UNIVERSO SANGRENTO, LUXUOSO E FETICHISTA DO FOTÓGRAFO QUERIDINHO DE HOLLYWOOD



O Mube (Museu Brasileiro da Escultura) recebe de 11 a 28 de agosto a exposição USAnatomy de Steven Klein. A mostra - com curadoria de Chico Lowndes e reunida especialmente para o projeto Iguatemi Photo Series, do Grupo Iguatemi - apresenta um panorama dos principais trabalhos do top fotógrafo americano entre os anos de 1995 a 2010.

São 87 imagens, sendo 47 polaroides e 40 fotos em grandes dimensões. Entre os registros; Madonna, Justin Timberlake, Brad Pitt, Angelina Jolie, David Beckham e Tom Ford são apenas algumas das estrelas do universo sangrento, luxuoso e fetichista de Klein. Famoso por conseguir permear facetas sórdidas e momentos íntimos de celebridades e com isso construir imagens que vendem moda e desejo, o nova-iorquino é considerado um dos grandes nomes da fotografia de moda de sua geração.

Logo os primeiros passos no grande salão do Mube nos levam às polaroides, minúsculas perto dos imensos painéis que fecham a exposição. As pequenas fotografias são todas originais e talvez por isso tenham um caráter mais artesanal. Algumas até sem a mínima qualidade, borradas, queimadas pela revelação, ou recortadas à mão formando mini-cenários. Elas mostram um material quase que de making off das grandes produções que o trabalho de Klein exige; ou às vezes são imagens inesperadas, como um retrato sério e triste da cantora Britney Spears. Das polaroides, uma se destaca e parece ter sido tirada de uma espécie de arquivo pessoal do artista. Datada de 2004, trata-se do túmulo coberto de flores do fotógrafo alemão Helmut Newton, que havia falecido naquele ano. 

Mas são as imagens que vêm a seguir que celebram o estilo pelo qual a fotografia de Klein ficou consagrada. Um estilo que não tem espaço para corpos imperfeitos e no qual figuras hollywoodianas são marca registrada mesmo se o caso for uma clássica família americana. Por isso, Brad Pitt, Angelina Jolie e seus rebentos protagonizam cenas dominicais de um verão abafado e bastante ordinário para um casal de beldades do cinema.


“Case Study (2005) – Brad and Angelina”

Madonna, além de amiga é uma das celebridades que ele mais fotografou. Na mostra, a diva aparece pontualmente entre um trabalho e outro. Klein é responsável pelo famoso editorial com cavalos que Madonna fez para a revista W; foi ele que também quem fez a campanha de Dolce & Gabbana na qual a cantora aparece como uma dona de casa italiana. Aliás, foi em um dos seus ensaios que ela e o modelo brasileiro Jesus Luz se conheceram. Algumas fotos desse ensaio estão na exposição em tamanhos gigantes.

Uma série que se destaca pelo forte conceito moda X fetiche é Valley of the Dolls, que tem como personagem principal Tom Ford. Nas fotos, um cenário que imita uma fábrica de andróides, com os quais o estilista flerta e insinua jogos de submissão e dominação.

A mostra também conta com um vídeo de oito minutos que leva o nome de Your Hallucination Is Now Complete. Na tela, centenas de imagens, jogadas uma após a outra, que fazem uma retrospectiva dos principais trabalhos do fotógrafo durante os últimos quinze anos.  

LANA DEL REY; GANGSTA NANCY SINATRA EM TEMPOS DE FACEBOOK



Lana Del Rey é um burburinho só na internet. Se você ainda não ouviu falar nela, é só uma questão de tempo, ou de cliques, até ser conquistado pela bagunça embriagante que a moça faz. A princípio, é provável que não concorde com a mistura ou dê pitacos muito justos quando assisti-la, com seus inacreditáveis lábios carnudos, sensualizando, fazendo caras e bocas e, mesmo assim, cantando tudo aquilo. Pode parecer que não combina muito, mas logo fica fácil de entender o seu jogo e mudar de idéia.

Americana do pequeníssimo vilarejo de Lake Placid, no estado de Nova York, 24 anos e dona de uma voz impressionante, capaz de apresentar tons graves e roucos, com ares de drama e ressaca; ou brincar aos sussurros à la Marilyn ou Brigitte. Por isso sua música tem cara de “já ouvi isso antes, mas não desse jeito”.

Não desse jeito porque talvez na época de Marilyn ou Brigitte, Lana não conseguisse ser tão real quanto agora. O que ela faz hoje é reunir suas milhares de referências e se mostrar da forma mais possível; fazendo o que todos nós também fazemos de alguma forma em tempos de youtube, facebook e seus infindáveis aplicativos. Por isso, se você buscar por seu maior hit, Vídeo Games, vai encontrar um clipe caseiro, que mais parece ter sido montado com dezenas de gifs engraçadinhos - daqueles que se pode encontrar fácil em qualquer tumblr. A questão é que não parece não, é assim mesmo. E assim mesmo com todos seus outros vídeos.




Lana flerta com a câmera o tempo todo. Entre um carão e outro; imagens antigas feitas por paparazzi de celebridades como Elvis, personagens da Disney, imagens do cinema de cinqüenta e sessenta, takes granulados, hip-hop, Hollywood, pop, drama, meninices e ufa! No fim das contas, a música e a estética dela justamente parecem ter absorvido todo o recorte de referências que ela monta em seus vídeos artesanais. Se existe um gênero no qual seu som se enquadra, ela o classifica como “Hollywood pop / sad core”.

E mais: ela é ótima, pra não dizer incontestável, quando fala de si mesma. Encanta e convence quando propõe seu estilo “gangsta Nancy Sinatra” e deixa o Guardian, o maior jornal do Reino Unido, nervoso e sem palavras porque as frases que ela usa para descrever o que é, e o que faz, são melhores do que eles poderiam pensar. Por exemplo, quando impressionou o jornal dizendo que o que deseja com sua música é “criar o equivalente sonoro a um filme de Vincent Gallo”. E pelo jeito convenceu a publicação. Para o Guardian, o que a cantora faz é “Pet Sounds for the Katy Perry generation”.

Agora, Lana está em Londres gravando seu disco e recentemente avisou através do facebook que os seus fãs vão poder fazer uma pré-encomenda do álbum, e que os primeiros 100 serão autografados pela própria. Para os menos apressados, em 9 de outubro serão lançados a versão digital e também o vinil.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

BUSINESS :D

Recebi alguns e-mails de meninas que gostariam de comprar os desenhos que tenho postado aqui. Eu adoraria conseguir vender as reproduções de uma maneira justa, prática e baratinha; sem que ninguém precisasse usar cartão de crédito internacional, nem pagar em dólares. Mas me desculpem, ainda não sei como de fato fazer isso. Se eu mesma comprar o papel e imprimir as  ilustrações em um tamanho satisfatório, e ainda, providenciar uma embalagem de transporte que no mínimo não machuque o produto, acreditem, vai sair muito mais caro pra todas nós do que pagar em dólar. 


Por isso, e também pela minha desesperada falta de tempo, achei sensato criar um perfil no Society6. Por enquanto, três desenhos estão lá; disponíveis em três ou quatro tamanhos diferentes. Já comprei no site algumas vezes e posso dizer que é mais fácil, rápido e barato do que parece, receber os desenhos na sua casa em um material bem digno. 


Bom, é isso. Espero ter conseguido resolver de alguma forma nossos problemas de business. :D